Você já parou para pensar por que as mulheres têm mais dificuldade e m negociar salários? O cenário é mais complexo do que parece, e vai muito além da conhecida “síndrome da impostora”. Em uma sociedade que evolui constantemente em muitos aspectos, a disparidade salarial entre homens e mulheres permanece como um dos obstáculos mais persistentes e desafiadores. Por que, mesmo em 2025, as mulheres ainda encontram dificuldades significativas para negociar salários equivalentes aos de seus colegas masculinos?
A Realidade da Desigualdade Salarial
Pesquisas de organizações renomadas, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2021), revelam que globalmente as mulheres ganham cerca de 20% a menos que os homens em funções equivalentes. No Brasil, essa diferença pode ser ainda mais acentuada, especialmente em posições de liderança, onde menos de um quarto são ocupadas por mulheres (Instituto Ethos, 2024).

Barreiras Culturais Profundas
Não é apenas a síndrome da impostora que nos afeta! Mesmo com qualificações equivalentes, as mulheres frequentemente começam suas carreiras com salários mais baixos e veem essa diferença crescer ao longo do tempo. Esta não é apenas uma questão de negociação salarial, mas reflete uma estrutura que apresenta uma falta de oportunidade em alcançar e sustentar posições de poder e decisão.
Vivemos em uma sociedade que historicamente nos silencia e nos coloca em uma posição de inferioridade. Esse condicionamento social nos ensina a ser mais complacentes e menos assertivas, qualidades que infelizmente não favorecem as negociações salariais.
Além disso, a presença de uma cultura corporativa muitas vezes machista torna o ambiente ainda mais desafiador para a afirmação feminina. Mulheres precisam provar mais do que seus colegas homens para receber o mesmo reconhecimento e recompensa. Esta é a cultura prevalecente em muitas empresas e reforça essa dinâmica social, diminuindo a autoestima e o reconhecimento do próprio potencial da mulher.

Legislação e Empoderamento
A boa notícia é que a legislação brasileira está avançando. Com a sanção da Lei nº 14.611/2023, que altera o artigo 461 da CLT, agora temos uma base legal sólida que exige igualdade salarial para homens e mulheres no mesmo cargo. Esta lei é um marco fundamental para a promoção da equidade, garantindo que todos tenham as mesmas oportunidades de reconhecimento e remuneração por seu trabalho.
Empresas que praticam a igualdade salarial tendem a atrair e reter talentos de alta qualidade, melhorar a moral dos funcionários e aumentar a produtividade. Esses fatores são essenciais para o crescimento e a competitividade das organizações e é vital para o progresso socioeconômico do país.

Como as Mulheres Podem Negociar Melhores Salários?
Mas mesmo com a legislação em vigor, é preciso vigilância e mostrar ferramentas para que as mulheres negociem salários justos. A chave para mudar esse cenário passa pela educação e pelo reconhecimento do próprio valor, tornando-se firme na busca do posicionamento profissional no ambiente de trabalho.
Aqui vão duas dicas práticas:
Faça sua pesquisa: antes de uma negociação, arme-se com dados sobre os salários médios do seu setor para sua posição. Isso te dará a base necessária para argumentar.
Seja clara e objetiva: Utilize suas conquistas e qualificações como justificativa para suas reivindicações salariais e seja direta sobre suas expectativas.
Superando a minha própria história!
Passei por uma experiência de desvalorização profissional em uma empresa com uma cultura profundamente machista, onde, incrivelmente, meus subordinados ganhavam mais do que eu. Demorei anos em um processo de autodescoberta para entender que o problema não estava em mim, mas sim num sistema que não valoriza as mulheres como deveria. Agora, mais experiente e informada, compreendo plenamente meus direitos e potencial, reconhecendo a crucial importância de afirmar minha posição e reivindicar meu espaço.
Por isso, cada avanço que fazemos na valorização de nosso próprio mérito representa um passo em direção a um mundo mais justo e equitativo. Não podemos deixar que a cultura de desvalorização defina o nosso potencial.
Curiosamente, muitas vezes, as barreiras não estão só nos chefes, mas podem estar ao lado, até mesmo em outras mulheres que, sem perceber, reproduzem comportamentos machistas Este, sem dúvida, é um tema rico que pode ser um tema para um outro artigo aqui do blog!
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Artigo escrito por: Dra. Gisele Batista
Doutora em Engenharia Civil (UFSC), é uma liderança inspiradora em sustentabilidade, com mais de 20 anos de experiência. Mentora de liderança feminina, utiliza ferramentas de desenvolvimento de carreira para capacitar profissionais a alcançarem seu potencial máximo. Como Top Voice em Sustenabilidade no LinkedIn Brasil, tem inspirado mulheres a liderarem com propósito, equilíbrio e resultados, transformando negócios em marcas de valor e significado.
Fonte de pesquisa:
Organização Internacional do Trabalho (2021). Global Wage Report 2020-21: Wages and minimum wage policy in a time of crisis. Geneva: International Labour Office.
Instituto Ethos (2022). Diversidade nas Empresas: A liderança feminina nas corporações brasileiras. São Paulo: Instituto Ethos.
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